segunda-feira, 29 de março de 2010

Enfermeiros em greve


A partir de hoje e até ao próximo dia 1 de Abril os enfermeiros estão em greve. As razões de ser desta greve prendem-se, essencialmente, com a grande precariedade dos vínculos de trabalho dos jovens enfermeiros, assim como com a proposta de grelha salarial apresentada pelo Ministério da Saúde.

Se relativamente à precariedade de vínculos (infelizmente) se trata de problema comum a outros sectores e respectivos profissionais, confesso que tenho alguma dificuldade em entender uma proposta de grelha salarial que, efectivamente, discrimina os enfermeiros relativamente a outros licenciados que iniciem carreira na Administração Pública. Com efeito, que superior razão existirá (a não ser a de uma cega poupança) para que um jovem enfermeiro inicie a sua carreira com um vencimento de 1020 euros, enquanto um licenciado em Direito, por exemplo (por determinação da Lei) não possa ser remunerado por um valor inferior a 1201 euros?...

Todos sabemos o quão dura e exigente é a carreira de Enfermagem e o quanto dependemos desses profissionais (por vezes até mais do que de alguns médicos!...) para termos cuidados permanentes de Saúde, uma palavra amiga num momento difícil, determinação perante um quadro de urgência. Tenho uma filha que optou pela Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (opção exclusivamente sua e que fez questão de seguir, mesmo tendo média de final do 12º ano que lhe possibilitaria seguir para qualquer outro curso na área da Saúde, inclusive Medicina). Quando pago as propinas da minha filha não tenho qualquer desconto face a outro pai que esteja a pagar igualmente as propinas do seu filho que estude Economia ou Gestão numa Universidade pública. Por que razão, então, a minha filha poderá iniciar a sua eventual carreira na Administração Pública, ganhando bastante menos do que um jurista, economista ou gestor recém-licenciado?

É óbvio que a situação económica do País não permitirá grandes veleidades em termos de gastos e que se exigem alguns sacrifícios e contenção nas despesas do Estado. Mas creio ser um erro que tal se faça à custa do sonho, da dedicação, do esforço e do empenho de jovens que escolhem a carreira de Enfermagem, mesmo sabendo todas as dificuldades que terão que enfrentar. Portugal precisa de enfermeiros e não pode continuar a ver os seus melhores profissionais emigrarem para o estrangeiro.

Cabe ao Ministério da Saúde encontrar uma saída que não seja injusta nem penalizadora, como é o caso desta grelha salarial – assim, não, Srª Ministra!....

sábado, 27 de março de 2010

O émulo


O PSD tem novo líder, Pedro Passos Coelho.

Em Sintra, no "reino laranja", também há "derrotados" e "vencedores" após esta eleição. Do lado dos "derrotados" - o Presidente da CMS, Fernando Seara e o seu vereador, Marco Almeida, que apostaram tudo em Rangel. Do lado dos "vencedores" - o Presidente da Assembleia Municipal, Ângelo Correia, apoiante e "guia político-ideológico" de Passos Coelho.

O novo líder só se conseguirá impôr neste PSD se conseguir atingir o Poder, isto é, se conseguir ganhar as Legislativas e derrotar José Sócrates. Palpita-me (neste contexto) que vem por aí um PSD que tudo fará para extremar posições e tentar "empurrar" o País para eleições antecipadas, ainda que lançando o "ónus" para o PS, obviamente.

Claramente "obcecado" com a figura e a liderança de José Sócrates, este PSD elegeu, assim, alguém que possa "emulá-lo" - alguém jovem, com boa presença, discurso combativo. Manuela Ferreira Leite, no fundo, já o temia quando afirmava que a eleição de um líder não era um concurso de beleza... Agora só falta mesmo começar a ver Pedro Passos Coelho a fazer "jogging" ou a pedalar sorridente e suado uma bicicleta - o que até podia acontecer em Sintra, numa daquelas ciclovias que o partido dele andou a prometer em sucessivas eleições autárquicas mas nunca construiu...

Só que os problemas do País não se resolvem com lideranças fotogénicas. E, até agora, não se ouviu uma única ideia verdadeiramente interessante e alternativa vinda de Passos Coelho, seja sobre Finanças, Educação, Cultura ou Saúde.

É a isso que os Portugueses devem estar atentos, porque é com base em propostas e ideias concretas que devem optar no momento de votar - e não no sorriso ou melena bem penteada.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Combater o "bullying"


A questão do “bullying” nas nossas escolas começa a ser dramática nos dias que correm. Em vez de “santuários” de segurança e aprendizagem, as escolas começam a surgir associadas a práticas de brutalidade sem limites e de medo. Pior: a sensação de impunidade para os “carrascos” começa a ser demasiado chocante e são as vítimas quem tem que optar por mudar de escola, alterar hábitos diários ou, em casos extremos, suicidar-se face à insuportável dor do quotidiano, como aconteceu recentemente com uma criança, no Norte do País.

Sejamos honestos: arruaceiros e provocadores sempre existiram (infelizmente) nas escolas. Sempre existirão, na sociedade em geral. O problema aqui é de escala – o simples arruaceiro de ontem, o rapazola que a escola punia e obrigava os pais a intervir sem apelo nem agravo na sequência de uma simples briga no recreio, transformou-se hoje em dia num aprendiz de requintado mafioso, cheio de lábia e de manhas, capaz de espancar sem testemunhos, rigoroso ao traçar cobarde estratégia de vingança ou punição do “alvo” eleito, armado de sofisticadas “armas” como as redes sociais na Internet que permitem a fácil difamação de qualquer um. Ao ser apanhado no cometimento dos seus crimes (e tratam-se, efectivamente de crimes, não vale a pena dourar a pílula!), o carrasco feroz transfigura-se em “criança”, “fragiliza-se”, sabe que a idade lhe dará estatuto de quase inimputabilidade e “hiberna” calmamente até que possa atacar de novo. Quanto aos pais (quando não existe apenas mãe, ou pai, ou avós, com quem se vive, nos “novos modelos de família” que tantos parecem achar “moderníssimos”…) hesitam demasiadas vezes no castigo exemplar (“são crianças…”), ou ignoram pura e simplesmente a gravidade do problema, entregando a “educação” dos seus filhos à televisão, à Playstation e ao acaso da sorte. Nas escolas parece não existirem responsáveis, cada qual empurra o problema daqui para acolá, só ouvimos debitar siglas, DREL, DREN, etc, e o discurso é também (e infelizmente) demasiadas vezes brando, embrulhado no celofane das “experiências pedagógicas” e acabando quase sempre “lavando as mãos”, como Pilatos.

Nenhuma crise financeira ou cenário de dificuldades económicas justifica este “caldo cultural”. Os nossos avós passaram fome, atravessaram guerras, palmilharam quilómetros a pé, sofreram na pele o analfabetismo, cerraram os dentes à repressão de uma ditadura, viveram, em geral, muito pior do que qualquer um de nós na actualidade, com menos conforto, com menos recursos, com menos facilidades – mas, em quaisquer circunstâncias, orgulhavam-se da educação que davam aos seus filhos. Orgulhavam-se de transmitirem valores tão simples como a honestidade, a honra, a entreajuda, a defesa dos mais fracos. Ontem os nossos jovens liam “Coração”, de Edmundo de Amicis, “Os três mosqueteiros”, de Dumas, “A ilha do tesouro”, de Stevenson – hoje assistem a séries onde o criminoso é herói e o trapaceiro sai vitorioso, jogam jogos electrónicos onde ganha quem matar mais, roubar mais ou espancar mais, recusam roupa que não seja de marca e consideram estudar “uma seca”. A culpa é deles? Não – é nossa. Facilitámos demais. Todos - pais, professores, governantes. Construímos modelos de ensino com pedagogias eventualmente óptimas para adultos mas que não eram (são) minimamente adequadas para crianças. Tivemos medo de impor regras, disciplina, exigência, achando que eram atributos “ultrapassados”. Confundimos experiências más do passado com outras que eram francamente positivas e que deviam ter prosseguido ou continuado a desenvolver-se, enquadrando os nossos jovens, dando-lhes “balizas”, dando-lhes desafios a superar. Hoje em dia pode entrar-se num curso Universitário com nota inferior a 10 valores, numa escala de 0 a 20 e “exame” é palavra quase proscrita, porque a avaliação é sempre “contínua”, para não “traumatizar” ninguém… Na antiga Escola Primária realizavam-se exames orais e escritos na 4ª classe (actual 4º ano do Básico) e seria inconcebível que alguém lograsse sequer concluir o Secundário no estado de absoluta ignorância com que alguns dos nossos jovens hoje se candidatam, actualmente, a muitos Cursos Superiores!... Obviamente que se tratam de meros exemplos e nem tudo estará bem de um lado e mal do outro, a realidade é mais complexa – mas representam uma boa medida de algo que se “degradou” e que contribuiu para criar uma sociedade onde há menos respeito por regras, hierarquias, valores, sentimentos e, em geral, pelas PESSOAS, não nos iludamos com a generosidade legislativa face a alguns novos fenómenos sociais que, muitas vezes, não passam de complexos processos de “lobbying” construídos ao longo de anos por parte de alguns grupos organizados. Esta é, também, a sociedade-espectáculo, a sociedade-ilusão, nem tudo o que parece, efectivamente é.

E regressamos ao malfadado “bullying”… Que não tem apenas a ver com o pesadelo diário de muitos jovens ameaçados, acossados, perseguidos – contribui, igualmente, para a degradação da Escola Pública. Os casos a que vamos assistindo (sobretudo os mais graves) passam-se em escolas públicas, o que não será por acaso. Os pais inquietam-se, aqueles que têm recursos optam por escolas privadas, procurando tranquilidade e sabendo que terão a quem pedir responsabilidades directas em eventuais situações dissonantes que possam surgir. Os outros, a grande maioria, não tem outro remédio senão continuar a confiar a educação dos seus filhos à Escola Pública, porque os recursos financeiros de que dispõem são escassos. É por isso que o agente directo de actos de “bullying”, o arruaceiro, o criminoso, não está apenas a prejudicar uma determinada pessoa que elegeu como objecto do seu fel doentio – está a prejudicar toda uma comunidade educativa e a denegrir todo um sector de ensino, por arrasto.

Já chega de “paninhos quentes” – quem comete um crime deve ser punido. Quem agride, ameaça, violenta - deve ser punido. Que se ponderem diferentes punições em função da idade, do contexto familiar, da situação concreta de cada agressor - mas que não se deixe de punir. Já chega de virar a cara para o lado ou inventar falsas desculpas para não tomar uma atitude. Carrasco e vítima não podem ter as mesmas prerrogativas. Comecemos, desde já, a reconstruir uma cultura de exigência, de rigor, de seriedade, que deixámos degradar até aos limites. E comecemos pelas novas gerações ou estaremos, definitivamente, a hipotecar o Futuro.

segunda-feira, 22 de março de 2010

E depois do corte de mais uma "fita"?...


A propósito da inauguração, amanhã, do novo Centro Comunitário da Xetaria, em Belas, foi hoje remetido para a Comunicação Social o seguinte comunicado, da responsabilidade dos vereadores do Partido Socialista na CMS:



"XETARIA Um Bairro Esquecido…


No próximo dia 23 de Março vai ser inaugurado o Centro Comunitário da Xetaria, na Freguesia de Belas. Com uma área de construção de 896.81 m2, dividida por 3 pisos, este equipamento social, inserido no PER (Programa Especial de Realojamento), visa responder às carências sentidas nas áreas da Infância e Terceira Idade, num território que aguardava há muito a indispensável infra-estruturação.

Reconhecendo a importância deste equipamento, os Vereadores do Partido Socialista consideram, porém, que a Câmara Municipal de Sintra se alheou progressivamente dos problemas sentidos pela comunidade do bairro da Xetaria, bem como de toda a sua envolvente. Realojar não é apenas deslocar pessoas, significa sobretudo (re)integrar e (re)socializar; garantindo condições dignas de habitabilidade, algo que a Câmara Municipal de Sintra tem descurado.

O bairro da Xetaria é um bom exemplo das erradas opções políticas em matéria de realojamentos sociais. A inexistência de equipamentos, os inapropriados materiais utilizados para a cobertura exterior dos edifícios: [esferovite e tela plástica], as infiltrações, fungos, humidade, isolamento inapropriado, bem como, a ausência de manutenção do edificado são algumas das queixas que não têm merecido resposta por parte da câmara municipal. Como exemplo, vd. Fotos tiradas no n.º 35 da Rua de Portugal).

À assinalável desqualificação do património edificado acresce a degradação do espaço de público de toda a envolvente. A ausência de espaços públicos, iluminação deficiente e escassa [provocando insegurança], a inexistência de espaços verdes e a deterioração de arruamentos e calçadas agravam a insatisfação dos que ali compraram a sua habitação, tudo paredes-meias com um enorme depósito de sucatas, reduzindo a qualidade de vida das pessoas que ali vivem para níveis inaceitáveis.

Os Vereadores do Partido Socialista consideram inaceitável o alheamento da Câmara Municipal e instam o Sr. Presidente de Câmara a aproveitar esta solene ocasião para visitar todo o bairro e perceber, na primeira pessoa, a triste realidade que esta comunidade enfrenta."

segunda-feira, 15 de março de 2010

Uma campanha triste - 2


O Congresso do PSD do passado fim de semana teve dois momentos de espantosa "esquizofrenia política":


- quando Paulo Rangel defendeu a necessidade de uma "maioria absoluta" do PSD para dar um Governo "estável" a Portugal (afinal parece que as maiorias absolutas só são "más" se forem do PS e afinal - helas! - ele até acha que, com maioria absoluta, haverá maior estabilidade governativa!... Genial!...);

- e também quando a maioria dos delegados deste Congresso, de um partido que se diz "social-democrata", votou FAVORAVELMENTE uma proposta no sentido de "punir" (podendo levar à expulsão!...) os militantes que "critiquem a Direcção" do partido nos 2 meses que antecedem actos eleitorais!... Acresce que esta proposta foi apresentada por Pedro Santana Lopes, foi aprovada pelos militantes laranja... e agora os candidatos à liderança vêm dizer que afinal não concordam com a mesma e deve ser "revogada"!... Que grande trapalhada...

Existiram outros momentos reveladores da grande confusão (ideológica, estratégica e de liderança) que o PSD atravessa, nesta sessão de psicanálise colectiva e confissão de "estados de alma" que durou todo um fim de semana no Pavilhao Ministro dos Santos, em Mafra.

Mas as duas situações que destaquei creio que exemplificam bem qual o motivo por que o PSD está há tanto tempo arredado da governação do País - efectivamente, que confiança, que credibilidade, que coerência de discurso e de acção oferece, ao eleitorado, este PSD?...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Uma campanha triste

A pouco e pouco, os candidatos à liderança do PSD vão começando a demonstrar toda a sua vacuidade e deserto de ideias. Quer pelos debates entre si, quer pelas intervenções individuais de que os órgãos de Comunicação Social vão dando conta, constata-se um confrangedor vazio em termos de propostas (realmente) alternativas para a governação do País.

Passos Coelho (que, relembre-se, antes da recente crise financeira mundial defendia a privatização da Caixa Geral de Depósitos...) tenta "encostar-se", subliminarmente, ao "fenómeno Obama", lançando um livro com o sugestivo (e original...) título de "Mudar" - prevejo saldos do mesmo muito em breve, pelo menos a julgar pela quantidade de exemplares que vou vendo acumulados por aí nas prateleiras... Rangel prossegue com o seu discurso "populista" (bem expresso na triste intervenção que fez, em pleno Parlamento Europeu, sobre a "falta de liberdade de expressão" em Portugal, "internacionalizando" a obsessiva campanha interna contra Sócrates sem olhar para os eventuais prejuízos para a imagem externa do País, no seu todo) muito mais próximo do PP de Paulo Portas do que da social-democracia de Sá Carneiro, e rapidamente "esqueceu" a solene promessa de cumprir o mandato em Bruxelas como deputado europeu. Aguiar Branco faz o que pode para manter a sua candidatura mas já toda a gente percebeu que não é por ali que o PSD vai, realmente, encontrar um verdadeiro líder.

Nas hostes laranja o entusiasmo (seja com que candidato for) também não parece ser a tónica dominante - e até Alberto João Jardim já percebeu a tristeza desta campanha interna, insistindo no pedido para desistirem todos e apelando ao "messias" Marcelo Rebelo de Sousa, sem grande sucesso...

De comum entre todos - zero ideias realmente DIFERENTES para governar o País. De comum entre todos - José Sócrates como "alvo a abater". É pouco (muito pouco) para cimentar um projecto alternativo e uma liderança sólida, como se viu pelo passado recente e pelas sistemáticas campanhas visando (sem sucesso) atingir o Primeiro-Ministro e fragilizar o Partido Socialista.

Já lá dizia a minha avó - "quem não tem cão, caça com gato". Mas é triste (e preocupante) que o único partido com vocação para constituir-se como alternativa de Governo ao Partido Socialista, tenha mergulhado tão profundamente nestas "águas revoltas" e neste marasmo de propostas.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Intervalo


Quando se tem alguém que amamos numa mesa de operações, o Mundo lá fora pára completamente. Esta semana isso aconteceu com a minha filha mais velha - e realmente tudo o resto deixou de fazer sentido.

Regressada a casa, sinto que volto a ter, novamente, um pouco de chão debaixo dos pés.

Que venha o Sol, agora.

terça-feira, 2 de março de 2010

O seu a seu dono - 2


No passado dia 20 de Fevereiro foi inaugurado o novo Mercado de Rio de Mouro. Tendo como "âncora" uma superfície comercial Lidl, o novo mercado surge agora totalmente renovado e permitiu instalar os antigos vendedores em excelentes condições, para além de viabilizar um espaço que estava algo degradado e cada vez menos atractivo para os consumidores. Tudo isto, segundo fui informado, sem quaisquer encargos para a Câmara Municipal de Sintra.

Apenas uma breve nota pela "negativa": foi pena que (inadvertidamente ou talvez não) jamais surgisse, quer nos discursos oficiais, quer nas diversas notícias que pude ler na Comunicação Social, o nome de quem, conjuntamente com o vereador Luís Duque (com o pelouro das Obras), foi um dos responsáveis para que este projecto fosse concretizado com sucesso. Trata-se de Domingos Quintas, vereador do PS que, há cerca de um ano atrás, tendo responsabilidades relativamente aos Mercados do Concelho, formulou, negociou e concretizou a solução agora inaugurada.

Mesmo em política (ou sobretudo em Política, tal como a entendo), urge haver memória e reconhecimento do mérito de quem efectivamente o tem, independentemente do partido a que se pertence ou das alterações conjunturais na distribuição de responsabilidades.

Aqui fica o registo que se impunha.