A partir de hoje e até ao próximo dia 1 de Abril os enfermeiros estão em greve. As razões de ser desta greve prendem-se, essencialmente, com a grande precariedade dos vínculos de trabalho dos jovens enfermeiros, assim como com a proposta de grelha salarial apresentada pelo Ministério da Saúde.
Se relativamente à precariedade de vínculos (infelizmente) se trata de problema comum a outros sectores e respectivos profissionais, confesso que tenho alguma dificuldade em entender uma proposta de grelha salarial que, efectivamente, discrimina os enfermeiros relativamente a outros licenciados que iniciem carreira na Administração Pública. Com efeito, que superior razão existirá (a não ser a de uma cega poupança) para que um jovem enfermeiro inicie a sua carreira com um vencimento de 1020 euros, enquanto um licenciado em Direito, por exemplo (por determinação da Lei) não possa ser remunerado por um valor inferior a 1201 euros?...
Todos sabemos o quão dura e exigente é a carreira de Enfermagem e o quanto dependemos desses profissionais (por vezes até mais do que de alguns médicos!...) para termos cuidados permanentes de Saúde, uma palavra amiga num momento difícil, determinação perante um quadro de urgência. Tenho uma filha que optou pela Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (opção exclusivamente sua e que fez questão de seguir, mesmo tendo média de final do 12º ano que lhe possibilitaria seguir para qualquer outro curso na área da Saúde, inclusive Medicina). Quando pago as propinas da minha filha não tenho qualquer desconto face a outro pai que esteja a pagar igualmente as propinas do seu filho que estude Economia ou Gestão numa Universidade pública. Por que razão, então, a minha filha poderá iniciar a sua eventual carreira na Administração Pública, ganhando bastante menos do que um jurista, economista ou gestor recém-licenciado?
É óbvio que a situação económica do País não permitirá grandes veleidades em termos de gastos e que se exigem alguns sacrifícios e contenção nas despesas do Estado. Mas creio ser um erro que tal se faça à custa do sonho, da dedicação, do esforço e do empenho de jovens que escolhem a carreira de Enfermagem, mesmo sabendo todas as dificuldades que terão que enfrentar. Portugal precisa de enfermeiros e não pode continuar a ver os seus melhores profissionais emigrarem para o estrangeiro.
Se relativamente à precariedade de vínculos (infelizmente) se trata de problema comum a outros sectores e respectivos profissionais, confesso que tenho alguma dificuldade em entender uma proposta de grelha salarial que, efectivamente, discrimina os enfermeiros relativamente a outros licenciados que iniciem carreira na Administração Pública. Com efeito, que superior razão existirá (a não ser a de uma cega poupança) para que um jovem enfermeiro inicie a sua carreira com um vencimento de 1020 euros, enquanto um licenciado em Direito, por exemplo (por determinação da Lei) não possa ser remunerado por um valor inferior a 1201 euros?...
Todos sabemos o quão dura e exigente é a carreira de Enfermagem e o quanto dependemos desses profissionais (por vezes até mais do que de alguns médicos!...) para termos cuidados permanentes de Saúde, uma palavra amiga num momento difícil, determinação perante um quadro de urgência. Tenho uma filha que optou pela Licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (opção exclusivamente sua e que fez questão de seguir, mesmo tendo média de final do 12º ano que lhe possibilitaria seguir para qualquer outro curso na área da Saúde, inclusive Medicina). Quando pago as propinas da minha filha não tenho qualquer desconto face a outro pai que esteja a pagar igualmente as propinas do seu filho que estude Economia ou Gestão numa Universidade pública. Por que razão, então, a minha filha poderá iniciar a sua eventual carreira na Administração Pública, ganhando bastante menos do que um jurista, economista ou gestor recém-licenciado?
É óbvio que a situação económica do País não permitirá grandes veleidades em termos de gastos e que se exigem alguns sacrifícios e contenção nas despesas do Estado. Mas creio ser um erro que tal se faça à custa do sonho, da dedicação, do esforço e do empenho de jovens que escolhem a carreira de Enfermagem, mesmo sabendo todas as dificuldades que terão que enfrentar. Portugal precisa de enfermeiros e não pode continuar a ver os seus melhores profissionais emigrarem para o estrangeiro.
Cabe ao Ministério da Saúde encontrar uma saída que não seja injusta nem penalizadora, como é o caso desta grelha salarial – assim, não, Srª Ministra!....
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