quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2009


Um BOM ANO em 2009 para todos - com Coragem, Determinação, Verdade e Mudança!

E já agora também com algum
sentido de humor, que bem precisamos!...

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Onde é que eu já vi este "filme"?...


Disponibilizamos mais 2 "episódios" do projecto "Cidade do Cinema" (ou da "Imagem") da Media Capital / TVI:

Ficamos a aguardar as "cenas dos próximos capítulos"...


Para memória futura - II



Quase 5 anos depois, eis um artigo que se mantém actual - infelizmente para Sintra!...


"Reina a confusão"


Edite Estrela - in Jornal de Notícias - JN - 23/2/2003


Não se tem falado bem de Sintra. Mais precisamente da Câmara de Sintra. Pelas mais variadas razões, o segundo maior concelho do país parece andar em "maré de azar", para utilizar as palavras de um jornalista do JN. O "slogan" de campanha do actual presidente, "para que se fale bem de Sintra", parece ter sido um mau prenúncio. Voltou-se o feitiço contra o feiticeiro, alegam os desapontados.

Os títulos das notícias falam por si: "Governo pára modernização do comércio", "Centro de Saúde à beira da ruptura", "Falhas de luz", "Básica inaugurada por Durão sem gás nem cantina", "Sintrense leva deputado do PSD a tribunal", "Gabinete da Câmara arrombado", "Ruptura nos lixos urbanos", "Chuva de pedras em Sintra", "Explosões arrasam 11 prédios", "Assaltos preocupam habitantes", "SMAS de Sintra responsáveis por descargas poluentes no Jamor", "Demissões em Sintra somam e seguem", "Vereadora do Trânsito acusa o presidente de prepotência e de sonegar informações ao executivo". E para rematar o extenso rol, "Seara prometeu "surpresas"". Muito sugestivo, mas se as "surpresas" são estas, decerto que os munícipes as dispensavam.

Os funcionários estão desmotivados, porque falta em estratégia e direcção política o que sobra em instabilidade e desassossego. Os cidadãos estão impacientes, porque não obtêm respostas e vêem desmotivação e inércia nos serviços. Não há uma única obra, um só projecto em curso, que seja da autoria do actual executivo. E não é por falta de recursos financeiros. Felizmente, dinheiro não tem faltado. Os cofres municipais estão bem recheados, mercê da boa situação financeira herdada. O défice, em Sintra, não é orçamental, é de estratégia e motivação. Falta capacidade de decisão e faltam soluções para os problemas das pessoas.

Sintomático e bem ilustrativo da paralisia municipal é o projecto da "Casa das Selecções". Vinha de trás e esperava-se que, por razões óbvias, andasse mais depressa. Não evoluiu e o Euro 2004 está à porta.

Os desentendimentos no círculo mais restrito da maioria camarária sobem de tom, passam para o exterior e as demissões sucedem-se. E se o afastamento do chefe de gabinete do presidente da Câmara se processou de forma discreta - outra coisa não se esperava de um magistrado, se bem que, às vezes, os silêncios são mais eloquentes que as palavras - o mesmo não aconteceu com a equipa do Urbanismo.

António Lemos Cardoso que, em Abril passado, para ser nomeado director municipal do Planeamento Estratégico e Urbanismo precisou de um despacho do primeiro-ministro, porque já se tinha reformado, não poupa quem o convidou. Em declarações à Comunicação Social e na carta de demissão acusa o edil de Sintra de não "enfrentar os interesses instalados", de usar "formas ínvias para se informar do quotidiano menor da gestão da casa" e de ter "despedido" a equipa de "maneira pouco frontal". Acusações graves, que o visado ainda não contestou. Curiosamente, também ainda não explicou ao executivo municipal as razões de todas essas demissões.

É curioso o desabafo do demitido responsável do Urbanismo, perplexo pelo facto de a equipa ter sido elogiada e "despedida" pelo mesmo presidente e quase em simultâneo: "Ou somos todos malucos e não batemos bem da bola, ou há qualquer coisa". Era interessante conhecer qual é a "coisa" que o intriga. Pode ser que os desenvolvimentos do assunto tragam importantes revelações.

As divergências no interior da própria coligação pré-eleitoral são iniludíveis. Não é só o que se diz, é também o que se vê. E com os vereadores comunistas (com pelouros) a guerra já começou, com a vereadora do Trânsito a acusar o presidente de "prepotência e arrogância". Palavras que não podem ficar sem resposta, a menos que o autarca se reconheça no retrato traçado.

Preferia que isto não estivesse a acontecer. Que não tivesse razões para escrever que, na Câmara de Sintra, reina a confusão. Seria mesmo mais cómodo não escrever sobre o assunto, desligar o interruptor e não querer saber. Seria mais fácil, sem dúvida, se o meu modo de ser fosse outro. Para mim, fazer de conta é cobardia e calar é uma forma de cumplicidade. Prefiro ser mal interpretada, mas sentir que cumpri o dever."

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Entretanto, no "paraiso"...


O Governo acabou de aumentar a idade para a aposentação, no caso dos homens para os 65 anos e das mulheres para os 60 anos. Também estabeleceu que o cálculo de pensões passe a ser feito de acordo com os salários mais altos recebidos durante cinco anos dentro de um período de 15.

Simultaneamente o Governo anunciou um maior rigor nas despesas e a eliminação progressiva "dos subsídios impróprios e excessivos" concedidos à população. Quanto aos serviços disponibilizados pelo Estado à população, "devem limitar-se a assegurar equitativamente, a todos os cidadãos, questões vitais como a educação, a saúde, a segurança e a assistência social" mas "para manter os níveis actuais, vai ser necessário produzir mais".

Segundo o responsável máximo pela governação, os trabalhadores não devem ter demasiadas coisas fornecidas gratuitamente pelo Estado, caso contrário alguns poderão habituar-se mal e "não querer trabalhar”. O mesmo responsável sublinhou ainda que deverá ser aprovado no próximo mês um diploma para eliminar os limites máximos e mínimos previsto para os salários e que cada qual terá que produzir mais se quiser ganhar mais.

Ah, já agora uma nota final: o Governo que anunciou estas medidas é o de Raul Castro, Presidente de Cuba, esse magnífico "paraíso socialista" (veja aqui pequeno video) com um salário mensal médio rondando os 11 euros...

domingo, 28 de dezembro de 2008

O exemplo dos outros


O futuro Parque Tecnológico de Óbidos foi apresentado recentemente à Comunicação Social. Trata-se de um projecto que pretende atrair negócios de base tecnológica, fixar talentos e criar uma economia criativa naquele Concelho, fazendo a ponte entre as empresas, o mercado, o ensino superior e a investigação e oferecendo serviços de incubação.

A estimativa aponta para a criação de três mil empregos altamente qualificados, em áreas como as tecnologias de informação e comunicação, média e audiovisual, arquitectura e design, artes, publicidade ou até gastronomia. A primeira empresa a instalar-se já está a funcionar - trata-se da Janela Digital, especialista em software de gestão e soluções para marketing na internet para o sector imobiliário.

Para ajudar a atrair empresas, a Câmara Municipal de Óbidos preparou uma política fiscal agressiva, que inclui a isenção do pagamento de derrama, IMT e IMI durante cinco anos, isenção nas taxas municipais e redução de três por cento do IRS em 2009 e quatro por cento a partir de 2010. Outras vantagens apresentadas são, obviamente, a proximidade a Lisboa e a ligação directa à A8. Este parque tecnológico vai ter grandes áreas verdes, ciclovias, campos de ténis e circuito de manutenção.

Registe-se, assim, que Óbidos, para além de ter construído nos últimos anos um conjunto de eventos como o Festival de Chocolate e a Vila Natal, que atraem àquela Vila largos milhares de pessoas, soube igualmente dar mais um passo em frente e criar condições para atrair investimento, fixar população e desenvolver o seu tecido sócio-económico.

E em Sintra?... Projectos. E mais projectos. E estudos. Vários estudos. Muita conversa. Muito tempo perdido nestes últimos 7 anos. E um imenso vazio que é cada vez mais nítido em cada dia que passa.

Na ausência de projectos originais e mobilizadores será que, pelo menos, alguém explica ao actual Presidente e aos seus vereadores com pelouros, qual o significado da palavra "benchmarking"?...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sugestões


Duas sugestões para algum tempo livre nesta altura de Natal, para "cinéfilos" como eu:

- já saiu em DVD e é um filme divertidíssimo. Chama-se "2 Dias em Paris", é realizado e protagonizado por Julie Delpy;

- também em DVD uma bela surpresa do cinema libanês: "Caramel". Realizado e igualmente protagonizado por uma mulher (Nadine Labaki) é, acima de tudo, uma história de mulheres. Das suas ansiedades, desejos, silêncios. Da sua força contida. Da sua perseverança, mas também da sua fragilidade. Um filme que é, simultaneamente, a descoberta da face humana de um País e do seu quotidiano.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Água


Recentemente caiu-me na caixa do correio um boletim da CDU onde se exaltam, largamente, os sete anos ocupados na Presidência dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento pelo único vereador eleito por esta força política. Nada de novo - afinal, se não for a própria CDU a elogiar a actividade dos seus eleitos, parece que já pouca gente o fará em Sintra, pelo menos se tivermos em conta a votação sempre descendente, no nosso Concelho, desta coligação dominada pelo PCP.

Apenas fiquei algo confuso com a parte onde é referido que o "preço da água" se mantém desde 1997, fruto da "gestão rigorosa que tem permitido manter estes preços". Como a ideia que tenho é que a minha factura da água tem tido sempre valores crescentes nos últimos anos (e, pelo que falo com muitas outras pessoas, é algo que sucede também com elas), se não estou a pagar "o preço da água" estarei, então, a pagar o quê?... Qual é, afinal, a estrutura de custos da água em Sintra?...

Outra pequena (grande) nota: muitas pessoas se queixam de receber a factura da água para pagar até ao dia 22 ou 23 de cada mês. Como se sabe, a maior parte das famílias recebe o seu vencimento no final do mês, por volta do dia 30. Não seria também uma preocupação de índole social ter em conta esta situação e fazer coincidir a data-limite para pagamento com a data em que a maioria dos trabalhadores recebe o seu ordenado mensal?...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Mais uma grande "fita"?...


Pode ser que me engane mas tenho a impressão que a anunciada "Cidade do Cinema" da TVI, em Sintra, ainda se pode transformar numa imensa "telenovela", o que até nem deixaria de estar mais apropriado com o produto televisivo típico daquela estação de televisão.

Parece que o "ovo de Colombo" está todo baseado na atribuição de "Interesse Nacional" ao citado projecto, atribuição essa que não depende da Câmara de Sintra mas sim do Governo. Por outro lado, grande parte do terreno em questão é Reserva Agrícola e Ecológica e só um projecto deste tipo permitirá que se construa numa zona onde até os próprios habitantes estão impedidos de o fazer...

Finalmente - um terreno de 50 hectares foi vendido pelos respectivos proprietários, à Media Capital, por... mil euros. Que expectativa de negócio existe, considerando que ninguém estará interessado em perder dinheiro?... Segundo veio na Imprensa responsáveis da Media Capital recusam-se a avançar com datas para início e conclusão deste projecto, fazendo-o depender da "evolução da crise mundial". Segundo Manuel Polanco, administrador-delegado da Media Capital, há ainda que "equacionar quando avançaremos com este projecto. A crise ainda não atingiu Portugal de uma forma forte, por isso vamos adequar o investimento de acordo com a dimensão da crise, mas poderemos ter de atrasá-lo". Como se pode verificar, as dúvidas parecem ser mais do que as certezas, relativamente à concretização e evolução desta "cidade".

Entretanto, ali bem perto, jaz o fantasma da Casa das Selecções...

Haja memória!


Quase envergonhadamente, Santana Lopes, o homem em quem a actual líder (?) do PSD não votava, foi anunciado como candidato à Câmara Municipal de Lisboa. Tal é o engulho que o autor do anúncio achou por bem anunciar em primeiro lugar o candidato a...Braga!... Talvez para dar menos nas vistas, sabe-se lá...

Uma eventual vitória de Santana Lopes em Lisboa (longe vá o agouro!...) representaria o regresso a um passado recente que, como todos sabemos, deixou a CML pelas ruas da amargura. Mas o apoio de actores, actrizes, TV´s amigas, algum "jet set", revistas cor de rosa e etc e tal deixa sempre uma interrogação no ar e é campo fértil para o florescimento dos populismos mais primários, num Mundo onde a aparência se sobrepõe demasiadas vezes à competência.

Resta ao povo de Lisboa dar uma resposta sem equívocos a quem deixou a capital do País no estado que todos conhecemos. Esperemos que a saiba dar - definitivamente. Para bem de Lisboa!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A prova dos nove


Notícia de hoje na Imprensa diária:

"A comissão política concelhia do Partido Socialista (PS) de Sintra suspendeu as eleições directas para a nomeação do candidato à presidência do município, uma vez que Ana Gomes não avançou e houve apenas uma candidatura.

Em declarações à agência Lusa, fonte do PS local adiantou que além do candidato proposto pelo secretariado da comissão política, Domingos Quintas, era aguardada a candidatura da deputada europeia Ana Gomes, que publicamente já havia afirmado a sua disponibilidade para concorrer por Sintra.

«Não se confirmou a disponibilidade de Ana Gomes e a suspensão das eleições directas foi decidida por só haver um candidato», referiu a mesma fonte."

Questões que ficam para resposta nos próximos "capítulos":

- afinal quem teme o voto livre dos militantes do PS em Sintra?

- afinal quem é que critica o "aparelho" mas, pelos vistos, aguarda que seja o mesmo "aparelho" (mas a nível nacional) a impôr aquilo que os militantes de Sintra não querem e jamais apoiarão?

- afinal quem é que confunde "mediatismo" com "competência"?


Para reflexão nos tempos que correm:

"Mais aptos e capazes são dos grandes lugares os que pretendidos os recusam, que os que ambiciosos os pretendem" - Padre António Vieira

domingo, 7 de dezembro de 2008

Crises privadas


Sinceramente, não entendo a necessidade do Governo "salvar" o Banco Privado Português (BPP). Trata-se de um banco que gere fortunas de gente (muito) endinheirada, daquela que, quando está na "mó de cima", reivindica sempre "menos Estado" em tudo, desde a Saúde à Educação. Agora, que estão em dificuldades, parece que afinal é ao Estado que apelam...

Nem mesmo o argumento de manter o "rating" do País parece ser o argumento decisivo - o BPP não tem "peso" no sistema financeiro que o justifique.

Ironia das ironias: no momento em que o BPP "agoniza", o seu ex-Presidente, João Rendeiro, lança um livro que é anunciado na Imprensa como sendo a "história de um dos investidores mais respeitados do mercado financeiro português"... Já agora uma nota final - o prefácio é assinado por João Cravinho.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

"Coerências"


Foi publicado este ano pela Secretaria-Geral do Ministério da Educação o livro "Quatro Décadas de Educação - 1962/2005". Nesta obra são apresentados depoimentos dos diversos Ministros da Educação que exerceram funções entre 1962 e 2005.

Respigo uma das questões ali colocadas a um destes responsáveis:

«Questão: As reformas que na altura entendeu por bem promover depararam com que tipo de dificuldades?

Resposta: As dificuldades concentraram-se na falta de consciência de muitos dos intervenientes para a urgência e dimensão das mudanças que era necessário empreender, bem como no escasso tempo político em que foi possível iniciá-las. Em matéria de educação, o tempo que se perde é irrecuperável e esse sentimento transmite uma grande ansiedade aos seus responsáveis».

Quem proferiu estas palavras?...

Manuela Ferreira Leite.

A mesma Manuela Ferreira Leite que em Abril deste ano afirmava, sobre as reformas em curso na Educação, que realmente "o sistema não funcionava" e "era preciso alterá-lo" (entrevista à Rádio Renascença), dando um claro sinal de apoio às politicas desenvolvidas pelo Governo PS nesse âmbito. Ainda em Abril, durante as Jornadas Parlamentares do PSD em Vilamoura, a mesma Manuela Ferreira Leite, ao ser questionada pelos deputados do PSD sobre as funções do Estado, respondeu que começaria por privatizar «aqueles sectores em que os privados já estão, como a saúde a educação».

Finalmente em Novembro p.p. a ex-ministra da Educação parece ter subitamente mudado de ideias e em declarações aos jornalistas depois de se reunir com professores militantes do PSD que são também dirigentes sindicais, na véspera de mais uma manifestação de professores convocada para Lisboa contra o modelo de avaliação, veio "cavalgar" a onda das "massas em luta" e exigir a suspensão do referido processo de avaliação de desempenho...

Manuela Ferreira Leite parece ser adepta daquela frase de Georg Lichtenberg que reza assim:

"Muitas vezes tenho uma opinião quando estou deitado e outra quando estou de pé".

Carlos do Carmo


No passado Sábado à noite, Carlos do Carmo deu um excepcional concerto num Pavilhão Atlântico com lotação esgotada e com receita a reverter para a Voz do Operário.

Fado Maestro (título do evento) comemorou 45 anos de uma grande carreira e reuniu junto do "mestre" intérpretes como Camané, Mariza e Bernardo Sasseti. Comovente o momento em que Carlos do Carmo cantou em "dueto" com sua mãe, Lucília do Carmo, evocada através de imagens projectadas no palco.

António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa também esteve presente e entregou ao fadista um corvo feito por um operário da CML, utilizando velhas peças de viaturas automóveis.

Uma grande noite, um momento irrepetível de comemoração do Fado e de Lisboa na voz de Carlos do Carmo.