terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Um novo "mapa"

Temos que olhar para o território da Esquerda apagando fronteiras, fazendo um esforço para ver mais além. Não será fácil, obviamente. Décadas de confrontos, divisões, dogmas, até alguns "combates", no seio dos partidos de Esquerda, criaram "feridas", cicatrizes, divisões.




Talvez só haja uma forma de construir uma nova Esquerda - começando por colocar em cima da mesa aquilo que todos consideram "património comum" ou "valores comuns". Defender os mais fracos. Proteger os mais pobres. Colocar o bem-comum acima do egoísmo estéril. Considerar o Trabalho como valor central. Etc.




Este tempo exige que coloquemos o "mapa" em cima da mesa e não consideremos antigas fronteiras - mas que tracemos novas estradas e pontes a unir territórios.




De outra forma não estaremos a fazer o combate que se exige para defender quem sofre, quem é explorado, quem é humilhado, quem é "castigado" pela actual Crise - mas apenas a "rezar" ladaínhas sem sentido, que já ninguém escuta e que ignoram a urgência da Esperança.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Memória...

"O PEC cumpre o objectivo de reduzir o défice público e o défice do orçamento até três por cento em 2013 e por isso satisfaz a Bruxelas e satisfará em alguma medida às agências de rating, mas não satisfaz a Portugal porque Portugal não precisa só disso precisa de mais do que isso, precisa que esse caminho não seja feito à custa do aumento de impostos (...)".


Pedro Passos Coelho, Março de 2010, declarações como candidato à liderança do PSD

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sintra ainda tem Presidente de Câmara?...

Abro um jornal e vejo uma notícia a dizer que o nome de Fernando Seara vai ser "testado" pelo PSD enquanto eventual candidato a Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Abro um outro e vejo uma entrevista com o actual vice-Presidente da CM Sintra, na qual praticamente anuncia a sua candidatura, nas próximas autárquicas, à CM de Sintra. Abro um terceiro e vejo o mesmo vice-Presidente da CMS nas fotos de todas as inaugurações ou eventos da semana, no Concelho - do Presidente da Câmara, zero.




Enfim...




Estamos, ainda, a praticamente DOIS ANOS das próximas eleições autárquicas. Em Sintra, nunca é demais repeti-lo, a ausência de obra e de projectos de fundo lançou o Concelho, nestes 10 anos de "governação" PSD/PP, na mais apagada e vil tristeza. Não há obra, nem ideias, nem planeamento de futuro, nem visão, nada! Apenas muita conversa, muito "estudo", muita presunção e água benta. E, no entanto, Sintra parece já não ter Presidente de Câmara em exercício efectivo, a DOIS ANOS de eleições - mas apenas a sombra de alguém que já só pensa no que vai fazer a seguir, seja a sombra de quem apenas se preocupa com o que vai fazer fora de Sintra, seja a de quem se posiciona como se nunca tivesse tido responsabilidades efectivas nestes 10 anos de exercício de Poder autárquico, ansiando apenas ser número 1.




Por Sintra e pelos sintrenses, que merecem, acima de tudo, que o exercício de cargos políticos seja muito mais do que a expressão de algumas "guerras de Alecrim e Manjerona" ensaiadas na Comunicação Social apenas para marcar lugar antecipado na grelha de partida "laranja", espero que o PS, em Sintra, nas próximas eleições autárquicas, apresente uma candidatura forte à CMS e uma equipa que marque a diferença, que rompa com este marasmo e que seja constituída, efectivamente, por quem queira trabalhar por Sintra e não pelo seu projecto pessoal de Poder ou afirmação pública.




Estou certo que os habitantes do Concelho, cansados de tanta promessa vã e de tanto vedetismo, saberão distinguir o trigo do joio e dar a resposta adequada no momento em que forem chamados a votar, se efectivamente lhes for proposto um projecto que leve Sintra ( o nosso Glorioso Éden!) a trilhar, novamente, caminhos de desenvolvimento sustentado, inovação, preocupação com o bem-estar dos seus habitantes e atracção de investimento que respeite as especificidades dos espaços e da magnífica História da nossa terra.




É nesse sentido que irei lutar, na medida das minhas possibilidades e no âmbito das minhas responsabilidades políticas a nível local.