Durante anos a fio queixaram-se de "arrogância" e de "falta de diálogo". Diziam que a maioria absoluta a tal conduzia... E durante os mesmos anos, tudo fizeram (de forma explícita ou até recorrendo a truques manhosos) para convencer o eleitorado que, sem maioria absoluta, a governação do País seria melhor, com mais diálogo, com maior atenção às propostas da oposição.
Conseguido tal desiderato (levar a que deixasse de existir uma maioria absoluta de suporte ao Governo), os mesmos que clamavam por "diálogo" foram então convidados a apresentar as suas propostas e a participar numa solução governativa. Todos disseram que não - só estavam disponíveis para governar de acordo com as "suas" (deles, claro) propostas!... Parece que a isto já não se chama "arrogância" - é "convicção". Pois...
Afinal já percebemos todos o que alguns queriam - um Governo "refém". Um Governo de pés e mãos atadas. Um Governo que não afrontasse interesses instalados, nem corporações bafientas, nem sindicatos esclerosados, nem profundos jogos de alta finança.
O novo Governo aí está e certamente José Sócrates continuará a dar (como sempre deu) o seu melhor na condução dos destinos do País.
Quanto aos tais que tanto falavam em "diálogo", não passam agora de um bando de meninos birrentos, encostados lá ao fundo numa esquina, à espera de poder passar uma rasteira a quem passa e envolvidos, nalguns casos, em disputas entre si. Com eles é assim - o "diálogo" é obrigar alguém a fazer como eles querem e quando querem.
Está feita a prova, para quem ainda tivesse qualquer tipo de dúvida.
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