José Sócrates teve a frontalidade de afimar aquilo que é uma evidência desde há 30 anos: que os sindicatos afectos à CGTP são, claramente, instrumentalizados pelo PCP.
Jerónimo de Sousa, inevitavelmente, reagiu falando de "fascismo" - nada de novo, portanto, porque o PCP vê "fascismo" em todo o lado menos nos regimes onde o comunismo é ideologia dominante e a liberdade de expressão é suprimida, o partido único é norma, a censura aos meios de Comunicação impera, as greves são coisa proibída, etc, etc, etc. Parece que aí vale tudo - em nome da "revolução", claro...
Em Democracia existe uma forma do Povo se exprimir livremente - chamam-se "eleições". O PCP e a Intersindical podem até encher uma avenida de Lisboa com 200 mil pessoas vindas de todo o País em autocarros - mas há um número tremendamente maior de eleitores (que encheriam muitas e muitas avenidas deste País!) que deram a maioria ao PS para governar e que jamais, em trinta anos de Democracia, confiaram no PCP para tal desiderato. Quer o PCP ganhar na rua aquilo que não consegue, democraticamente, nas urnas?...
Já no que diz respeito a um sindicalismo que se contenta no mero protesto, em função da agenda eleitoral deste ou daquele partido, está condenado a médio prazo, sobretudo num Mundo que exige novas posturas perante os problemas e a contribuição de todos para encontrar soluções, ao invés da estafada repetição de slogans e do espicaçar de naturais agitações ou insatisfações em momentos difíceis.
Como diz o Povo - "falar é fácil..." E eu acrescento - criticar sem apresentar soluções válidas, também...
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