José Sócrates esteve muito bem na entrevista que deu à SIC. Sóbrio, apresentando medidas concretas, realista mas sem "embarcar" em pessimismos exagerados, o Primeiro-Ministro foi a imagem daquilo que necessitamos em tempos de crise internacional - rigor, capacidade de reacção às actuais dificuldades económico-financeiras, liderança segura para construir novos rumos.
Se há coisa que o País dispensa bem nesta altura é a atitude derrotista e do "quanto pior, melhor" de alguns arautos da oposição, sempre disponíveis para "deitar abaixo" mas que batem rapidamente em retirada quando questionados sobre quais as soluções alternativas que defenderiam, caso estivessem no Governo.
No caso do PSD, que deixou um défice brutal de 6,8% e um rasto de "trapalhadas" na governação que culminaram com o "consulado" de Santana Lopes (o "menino-guerreiro...), é ainda mais confrangedor assistir ao vazio de ideias ou propostas alternativas, baseando praticamente toda a sua atitude oposicionista na mera maledicência, ataque pessoal ao Primeiro-Ministro e "cavalgar" da mais ínfima insatisfação face a qualquer reforma inadiável.
O que se exige a um verdadeiro estadista é a capacidade de apontar um caminho, de incentivar nos momentos difíceis, de não baixar os braços, de combater o derrotismo - é isso que José Sócrates tem feito, na linha de outros dirigentes do PS que também no passado souberam enfrentar os momentos complicados e levar Portugal a bom porto.
Aliás, essa parece ser a "sina" do PS - governar em momentos de crise e de poucos recursos e vir "arrumar a casa" depois da Direita (PSD/CDS) a deixar em "pantanas" e ter desbaratado os amplos recursos de que dispunha sem fazer verdadeiras reformas (basta evocar os anos de Governos cavaquistas)...
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