Gostaria, contudo, de destacar este pequeno excerto que considero verdadeiramente "delicioso" e onde o actual Presidente da CMS dá conta da estratégia usada para "conquistar" Sintra:
"A minha estratégia para Sintra foi muito clara: nas Freguesias rurais não tinha
muitas hipóteses de entrar, porque estão dependentes da Igreja e a Igreja está
relacionada com o poder. Principalmente onde a necessidade de novos espaços é
real. Eu fiz a campanha nas duas cidades. Estudei o concelho demograficamente,
socialmente, etariamente. E pensei: qual é a freguesia de Queluz onde tenho
hipóteses? Massamá. É aquela que tem maior taxa de licenciados. É aquela que tem
maior número de restaurantes da média burguesia. É aquela que tem as casas entre
40 e 60 mil contos. É aquela que está mais descontente porque nos dias de chuva
começa a bicha dentro da garagem para entrar no acesso à via da Rua Direita.
E lá estava eu: Massamá, 7.30 da manhã, a chover, na rotunda a distribuir papel.
Depois Rio de Mouro. É a freguesia de Portugal com maior número de benfiquistas.
(PALMAS). Era a freguesia que há 25 anos era dominada pelo PCP, (eu escrevi isto
para uma revista americana de ciência politica) numa aliança estratégica
PCP/Presidente de Junta, que era uma senhora professora primária, aliada à Igreja
Católica, porque era membro da Juventude Operária Católica (a JOC), catequista. E
o PCP dominava.
A primeira aliança táctica que fiz foi com a Igreja. Sabem qual foi? Descobri que o
padre era do Benfica (RISOS E PALMAS) – quebrado o 1º elemento. Segundo, eu
estive ligado a uma congregação religiosa e estive no colégio, congregação a que
tinha sido concedida a evangelizacão na cidade de Agualva-Cacem, Mira Sintra, S.
Marcos. Eu tinha uma ligação afectiva por ter ajudado nos meus tempos de humilde
jurista a resolver um problema que eles tinham ali. E assim entrei em Rio de Mouro.
Foi a maior desilusão do PCP. Perdeu uma freguesia emblemática. Coisa
impensável: transferiu-se do PCP para o PSD. Ainda hoje estão para perceber.
(RISOS). (...)"
padre era do Benfica (RISOS E PALMAS) – quebrado o 1º elemento. Segundo, eu
estive ligado a uma congregação religiosa e estive no colégio, congregação a que
tinha sido concedida a evangelizacão na cidade de Agualva-Cacem, Mira Sintra, S.
Marcos. Eu tinha uma ligação afectiva por ter ajudado nos meus tempos de humilde
jurista a resolver um problema que eles tinham ali. E assim entrei em Rio de Mouro.
Foi a maior desilusão do PCP. Perdeu uma freguesia emblemática. Coisa
impensável: transferiu-se do PCP para o PSD. Ainda hoje estão para perceber.
(RISOS). (...)"
Mais palavras para quê?... Creio que este pequeno excerto fala por si. Uma coisa é certa: alguns párocos até podem ser do Benfica mas há sempre aquele velho ditado que diz - "Deus não dorme"...
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