sábado, 30 de maio de 2009

BPN - II



Notícia do "Expresso" de hoje: Cavaco Silva foi accionista da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) detentora do Banco Português de Negócios (BPN) entre 2001 e 2003, altura que ainda não era Presidente da República. Quando saiu da Sociedade obteve um ganho de 147,5 mil euros. A sua filha Patrícia também possuiu acções da SLN e lucrou a considerável verba de 209,4 mil euros.

De acordo com o semanário Cavaco detinha 105.378 acções, adquiridas a um euro cada uma, que foram posteriormente vendidas a 2,4 euros cada (a SLN não estava cotada na Bolsa e por esse motivo não havia preço de referência, mas, segundo o jornal, este valor estava na mesma ordem de valor de outras transações de acções do grupo naquela altura). Patrícia Cavaco Silva deteve 149.640 acções.

As acções de Cavaco e da filha foram vendidas, por ordem do presidente da administração, à SLN Valor, principal accionista da SLN, que agregava os maiores investidores individuais da empresa, entre eles Oliveira e Costa.

Recorde-se que, em Comunicado emitido pela Presidência da República em Novembro de 2008, Cavaco assegurou que “nunca exerceu qualquer tipo de função no BPN ou em qualquer das suas empresas; nunca recebeu qualquer remuneração do BPN ou de qualquer das suas empresas; nunca comprou ou vendeu nada ao BPN ou a qualquer das suas empresas”.

Uma coisa é certa: esta notícia do "Expresso" é indesmentível e exige um total e cabal esclarecimento por parte do actual Presidente da República.

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