Rio de Mouro. Sábado. Faltam cerca de 15 minutos para a meia noite. Atravesso, a pé, o acesso da estação da CP com alguns familiares, na direcção da Rinchoa. Em plena estação, junto às bilheteiras, um grupo de 10 a 12 indivíduos de côr "entretém-se" a beber garrafas de cerveja e a provocar, de forma sibilina, quem passa. Num pequeno gabinete, de porta semi-cerrada, o segurança (?), um homem de cerca de 50 anos, vai lendo um jornal como se cá fora nada se passasse ou, eventualmente, desejando interiormente que nada se passasse... O ambiente é tenso, sente-se que basta uma pequena palavra para que possa gerar-se uma situação de eventual violência. O grupo, desafiante, comporta-se como "dono" do espaço e as pessoas que vão passando tentam ignorá-lo.
Não há sombra de autoridade a quem se possa recorrer. Não se entende que a PSP (com amplo posto recentemente inaugurado em Rio de Mouro...) não exerça a sua vigilância ou manifeste a sua simples presença, junto desta zona central de transportes e de acessos, pelo menos até à meia-noite, 1 hora da manhã. Há gente que regressa do trabalho e se sente inquieta. Há gente que sai com a família para assistir a um simples espectáculo e se sente "ameaçada" perante este tipo de grupos.
A prevenção é sempre preferível à repressão - mas tem que ser um facto e não uma mera palavra...
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