Não há um esboço, sequer, de alternativa para a governação. Uma única ideia digna desse nome que mobilize o País. A dignidade da construção de um projecto alternativo credível. Nada. Apenas a maledicência, o ataque pessoal centrado no Primeiro-Ministro, o remexer no "lamaçal" das notícias dos tablóides, os pequenos "comícios" das mesmas caras de sempre, dos mesmos "chefes" e "sub-chefes", o contínuo desfile de vaidades e de vacuidades.
A navegação à vista é óbvia - e como o único "projecto" laranja actual é o ataque permanente ao PS, ao PSD tanto faz andar de braço dado com o Bloco de Esquerda como dançar à cossaca com o PCP e de tudo temos visto um pouco.
A verdade é que o País precisa tanto de um Governo forte como de uma Oposição que seja efectiva alternativa nas escolhas do eleitorado. E isso não existe actualmente.
O Governo legitimamente eleito vê-se permanentemente boicotado na sua actuação, mesmo em questões fundamentais para o exercício do Poder e considerando que o julgamento a fazer pelo eleitorado deve ter em conta a expressão de um programa próprio e não as "imposições" de quem não foi escolhido para governar; o principal partido da Oposição está transformado num vulgar "saco de gatos".
Quando até Santana Lopes já coloca a hipótese de abandonar o partido, caso a situação não se clarifique, creio que deveríamos ser mais "arrojados" - e que tal destacados militantes laranja convocarem um Congresso para propor a extinção do actual PSD?... Os verdadeiros sociais-democratas do actual PSD reconhecer-se-íam facilmente no socialismo democrático do PS; os seguidores da "vertente PPD", encostados à Direita, teriam uma opção razoável no CDS/PP e encontrariam, para já, o líder que há tanto tempo procuram. Os poucos que sobejassem talvez pudessem ir comer uns pastéis a Belém, para adoçarem a boca...
Quem sabe se desta forma a situação político-social do País não se clarificaria sem necessidade de se convocarem eleições antecipadas?...
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