Em 2006 o PSD entregou na Assembleia da República um projecto-lei relativo à Segurança Social e no qual era proposto que dois terços das contribuições fossem retiradas do sistema público e entregues à gestão de privados.
O artigo 2º dessa proposta referia explicitamente que seis por cento da contribuição do trabalhador, isto é, dois terços dos nove por cento do desconto do trabalhador para a Segurança Social, fossem retirados do sistema de Segurança Social para contas individuais do trabalhador, que seriam depois opcionalmente entregues a fundos privados ou a um instituto publico do Estado.
Fosse como fosse, a verdade é que a proposta do PSD retirava do sistema de Segurança Social os tais 6% de contribuição.
Mais: na altura em que se candidatou à liderança do PSD, Manuela Ferreira Leite foi questionada pelos jornalistas sobre quais os serviços que poderiam sair da alçada do Estado. Na resposta que deu foi explícita: tirando os de Segurança, Justiça, Negócios Estrangeiros e Defesa, "todos os outros poderiam ser entregues à gestão privada". Obviamente que se inclui, neste âmbito, a Segurança Social.
Se tudo isto não configura uma clara intenção de gradual privatização da Segurança Social, então não sei que nome lhe dar - o que não vale a pena é o PSD e a sua actual líder, como diz o povo, fazerem "o mal e a caramunha"...
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