Nos últimos dias, o Sr.Presidente da Câmara Municipal de Sintra deu várias entrevistas a órgãos de Comunicação Social, na sua qualidade de autarca.
Numa delas, ao Alvor de Sintra, lá veio o habitual discurso que oscila entre o "realismo mágico" que faz ecoar a escrita de Isabel Allende ("Sintra é uma paixão amadurecida. A minha liberdade consiste em limitar o poder do destino") e a dramatização de pendor étnico ("No caso dos guineenses, temos de perceber a importância da religião muçulmana, no caso dos angolanos a origem a nível das regiões, e nos brasileiros, especificidades como as dos gaúchos, que fervem em pouca água") - mas nem uma palavra sobre o desenvolvimento da tal promessa da CMS assumir o custo (entre 20 a 30 milhões de euros, coisa pouca...) com o enterramento de cabos de alta tensão em alguns troços entre Fanhões e Trajouce; ou sobre a Casa das Selecções; ou sobre as já célebres ciclovias; ou sobre aquele grandioso Plano de Desenvolvimento para o Concelho elaborado pela equipa do Dr.Braga de Macedo, etc, etc.
Mas nada disso importará, certamente.
Para terminar deixo mais dois pequenos excertos desta excepcional entrevista:
- "A presença da Guarda a cavalo em Sintra, por exemplo, significa que alguns pequenos roubos por esticão são duas vezes pensados. É que o cavalo corre muito…"
- "[a propósito da imigração africana no Concelho] É bom termos a noção que em certas sociedades, o elemento feminino é uma princesa, e ficar sem ela, é uma dor imensa e para eles importa reacção. É isso que temos de aprender."
Nem mais!...
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