Já na vida real, se há coisa que nunca compreendi, nem mal nem bem, foram os "homens de arame", isto é, aqueles que querem sempre estar bem com Deus e com o Diabo e, dessa forma, jamais se comprometem seja com o que for, revelando um carácter tão fácil de "moldar" como um fino arame. A sua aparente indecisão fá-los estar continuamente do lado de quem vence uma disputa - porque, no final, poderão sempre dizer que, intimamente, era aquele o parceiro ou caminho que defendiam...
O homem no arame, o do circo, é um artista que merece aplausos, porque tudo arrisca e o seu equilíbrio é fruto de muito treino, sacrifício e dedicação à arte.
Os outros, aqueles que, infelizmente, andam por aí nas empresas, nas organizações, nos partidos, nos clubes, etc e que, no momento de dar a cara a favor de um amigo que nunca lhe negou apoio, ou na altura de ter que demonstrar princípios e convicções, se quedam pelo conforto do imobilismo ou da aparente indecisão, até ver qual dos lados sairá vitorioso - esses, serão sempre "homens de arame", dobráveis, moldáveis, pouco recomendáveis.
Saibamos estar atentos...
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