O inqualificável Hugo Chavez voltou ao terreno dos insultos como "arma política", berrando palavrões sucessivos sobre os norte-americanos («Vayanse al carajo yankees de mierda, que aquí hay un pueblo digno»), diante de apoiantes reunidos em comício e a propósito da situação na Bolívia do seu amigo Morales.
Não se trata de nada de especialmente original. Em Abril de 2006 Chávez insultou Alan Garcia, candidato à presidência do Peru, chamando-lhe "canalha, gatuno e ladrão". Motivo? Garcia ter apontado a hipocrisia de Chavez se opor aos tratados de livre-comércio assinados pelo Peru e Colômbia com os Estados Unidos, enquanto a Venezuela continuava a vender grandes quantidades de petróleo aos americanos.
Ao Presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, em Janeiro de 2008, também Chavez brindou com os epítetos de "covarde, mentiroso, nocivo e manipulador", tudo a propósito da questão dos reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Já em Maio p.p., quando a chanceler alemã, Angela Merkel, criticou o seu populismo e sublinhou que o presidente venezuelano não podia arrogar-se no direito de falar em nome da América Latina, Chavez ripostou que Merkel pertencia à mesma direita alemã que apoiou Adolf Hitler...
Os ditadores (ou candidatos a tal) sempre se deram mal com a democracia, com a liberdade de expressão, com a crítica de quem deles discorda frontalmente. Pelos vistos, com Chavez, para além do referido, há também um definitivo problema de boa educação.
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