Muita gente diz: "Lutar para quê? Já basta de luta, o que é preciso é trabalhar...".
Ouvimos isso nas ruas, no café, no táxi, nas lojas. Muitos dos que o dizem são trabalhadores, muitos deles mal pagos, desesperados com o dia a dia mas completamente "alienados" por um discurso habilmente repetido através dos "media", de alguns agentes sociais e políticos, de "fazedores de opinião", que os manipulam sem que os próprios se apercebam de tal.
Sem "luta" estaríamos na época da escravatura - e parece ser para aí que alguns nos pretendem conduzir...
Sem "luta" não existiriam coisas agora tão "banais" como ordenado no fim do mês, descontos para a reforma, férias pagas, assistência na Saúde.
A Revolução absoluta e romântica só existe nos filmes - mas pequenas "revoluções" acontecem no dia a dia e muitas vezes nem nos apercebemos disso. Quando se luta e se evitam despedimentos. Quando se protesta e se evitam encerramentos de empresas. Quando se combate e se obtém o respeito por direitos básicos.
Eu não quero a felicidade para quando já estiver morto - quero-a AGORA para mim, para os meus e também para todos quantos trabalham, vivem do seu trabalho e querem ter apenas uma vida digna.
A Direita diz que "não há almoços grátis", colocando a tónica no valor do dinheiro - eu prefiro dizer que não há felicidade sem luta, ainda que o preço a pagar possa, por vezes, ser a própria vida, como a História nos demonstra.
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