Não sou daqueles que acha absurda a atribuição do Prémio Nobel à Comunidade Europeia.
Creio, até, que tal atribuição constitui um "grito" profundo a favor de um projecto que ameaça desintegrar-se, precisamente por alguns terem esquecido todos estes anos de PAZ e progresso, colocando o Deus Dinheiro acima de tudo.
A Europa tem um papel essencial na globalização e constitui um exemplo de Democracia, desenvolvimento social e cooperação. É esse projecto que, hoje em dia, está em causa, atacado sem dó nem piedade por monstruosos interesses financeiros - e talvez este Prémio Nobel seja relevante para "acordar" algumas lideranças adormecidas e colocar novamente os valores essenciais (de desenvolvimento, Justiça, Democracia, igualdade de tratamento, confiança, entreajuda) acima de todos os outros.
Entendo, assim, que a atribuição do Nobel da Paz é mais uma porta que se abre para que as grandes nações da Europa, sobretudo a Alemanha e a França, voltem a ser fundamentais na reconstrução deste ideal, entendendo que a miséria, a fome e o "castigo" da austeridade sem conta nem medida, não se coadunam com a manutenção da Paz e com o exemplo que este Continente sempre deu ao Mundo.
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