quarta-feira, 13 de julho de 2011

Acorda, Europa!...

É cada vez mais evidente que a solução para a crise que o nosso País atravessa nunca terá uma resolução fora de um quadro global, ao nível europeu. Primeiro "caíram" os países mais pequenos e com economias mais dependentes do exterior - mas a voracidade insaciável dos "mercados", como se previa, não ficou por aí e ameaça agora Itália, Espanha e o mais que se verá.


Espantosamente (ou talvez não...) numa Comunidade Europeia dominada por protagonistas e partidos de uma Direita claramente neo-liberal, tardam as soluções efectivas e vão-se ensaiando paliativos inúteis. Como é que países já claramente em dificuldades vão conseguir pagar empréstimos com as taxas de juro proibitivas que BCE, FMI e CE impõem nos chamados "resgates"? (palavra curiosa porque, efectivamente, existem Nações inteiras reféns desta teia de interesses...)


Estaremos a assistir à aplicação da "teoria do choque" tão do agrado de Milton Friedman (economista que o actual Ministro das Finanças diz apreciar especialmente...) a uma Europa que julgaria estar incólume de um pesadelo que, quer o Chile, quer a Argentina, em doses e circunstâncias diversas, já viveram? A "solução" para os excessos do grande capital financeiro (que estão na raíz desta Crise) será a miséria generalizada de Países inteiros, sacrificados no grande altar das agências de rating e dos vorazes "mercados"?...


Responda quem souber...


Uma coisa eu garanto: a História mostra-nos que a força, a determinação e o querer dos povos, em momentos determinantes e em função de causas justas, é capaz de impôr os caminhos do Futuro. Falta, ainda, a liderança firme que conduza o processo, factor decisivo e multiplicador. Mas que não se iludam aqueles que acham que este é o "fim da História" e que a resignação é inevitável - as Pessoas serão, SEMPRE, mais importantes que os défices, sejam eles de recursos financeiros ou de capacidade de entender os sinais dos Tempos.

1 comentário:

mãe triste disse...

as pessoas são sempre importantes,e com valores , desde que não vivam nos países como o nosso com corrupção , por isso os n/jovens têm que abandonar o país que os vivo nascer,crescer e estudar, e assim remar as países que lhes não trabalho ,reconhecimento e mérito.