segunda-feira, 6 de julho de 2009

JS...quê?...

Depois de ter aqui citado um pequeno excerto do blogue da JSD de Queluz (que fala por si...) confesso que não era minha intenção "regressar" a esse espaço.

Contudo, um jovem camarada da Juventude Socialista chamou-me a atenção para o conteúdo de alguns posts ali colocados, dos quais destaco as seguintes passagens (sublinhados meus):

" - Com a crise económica mundial, estamos a receber novamente os Portugueses que emigraram para ter uma vida melhor mas será que podemos continuar a receber mais pessoas para além dos nossos Portugueses?"

" - Citando uma frase interessante, «Portugal é dos Portugueses!»"

" - E quanto à emigração e ao racismo, deixo aqui a nossa tomada de posição, condenamos o racismo e a discriminaçãos dos cidadãos emigrantes que vêm para Portugal. Mas não acham que já chega de receber emigrantes?"

Este tipo de linguagem e de expressões têm estranhas similitudes com aquilo que podemos encontrar na propaganda de partidos de extrema-Direita, como facilmente se poderá verificar: experimente-se pesquisar no Google a expressão "Portugal é dos Portugueses", por exemplo.

Resta-me referir que este blogue da JSD de Queluz tem como "seguidor" (ali indicado) o Sr.Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sintra e dirigente do PSD, Dr.Marco Almeida - seria interessante saber qual a sua opinião sobre estes conteúdos (nem que fosse apenas através do seu blogue pessoal), sendo ele autarca num território onde a pluralidade étnica constitui precisamente uma marca e uma riqueza potencial a considerar, respeitar e saber gerir.

O reparo aqui fica feito.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem, a mim que não pertenço a qualquer estrutura, parece-me que o miudo tem uma certa razão e que há certas pessoas e partidos que não habituados à pluralidade de opiniões.
Quanto à opinião do Dr. Marco Almeida, por mais que o valorize enquanto autarca, não me parece relevante para o caso. As juventudes dos partidos e os partidos são estruturas independentes, ou não?

Com uma coisa me alegro, em Queluz não há rebanhos.

Cláudio Nunes