quarta-feira, 7 de maio de 2008

Uma senhora


Deixem-me apenas contar uma pequena história que escutei em tempos: certa vez uma senhora conduzia um potente carro de luxo numa zona rural quando um pneu se furou. Ao tentar trocar o pneu apercebeu-se que não tinha "macaco". "Vou procurar uma casa perto, pode ser que alguém me ajude ou empreste um "macaco" - pensou. Enquanto caminhava continuaram a aflorar-lhe pensamentos: "Bem, se calhar ao verem o meu carro ainda o vão querer roubar... Quem sabe se não me vão pedir 10 ou 20 euros só para me emprestarem um "macaco", ao verem o meu estatuto... Qual quê?... Se calhar ainda me pedem 100 euros ou mais, aproveitando a minha fragilidade!..." E, à medida que caminhava, os pensamentos negros acumulavam-se... Quando encontrou a primeira casa e o dono veio à porta, a única coisa que a senhora soube gritar foi: "Você é um ladrão! Um simples "macaco" não vale tanto! Gatuno!".


Não sei qual a cara que o homem fez. Sei apenas que me lembrei desta pequena história depois de uma reunião onde estive ontem à noite e onde também estava uma outra senhora cheia de ideias feitas sobre pessoas e situações que nem sequer se deu ao trabalho de conhecer...

2 comentários:

Paulo Marques disse...

António Luís Lopes,

Não estive presente mas pude durante o dia de hoje falar com alguns presentes nessa dita reunião. A lata e a ignorância dá para essas atitudes. Felizmente que existem ainda pessoas na vida pública e política com as mãos limpas disponíveis a dizer NÃO!

Por aqui me fico, mas estou certo de que voltaremos ao assunto porque as pragas não se exterminarm só com uma pulverização. Ao trabalho!

teste disse...

Caro Luís Lopes, também tive nessa reunião e concordo contigo que a cara de muitos de nós, deve ter sido parecida com a do senhor que abriu a porta e de repente chamam-lhe gatuno.

Luís Gaspar