sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Revelações...


Na última Assembleia Municipal de Sintra o PS apresentou um projecto que defendia a descida das taxas aplicadas pela Câmara de Sintra relativamente aos seguintes impostos: Derrama, IMI e IRS. Esta proposta foi derrotada em votação na mesma Assembleia, por força dos votos da maioria de Direita.

No blog do vereador da maioria de Direita, Marco Almeida, pode ler-se, a propósito desta iniciativa do PS, o seguinte:

"O PS sabe que a grave crise económica se deve às opções do seu governo e que essa não deixa margem para alterar o esquema de receitas proveniente dos impostos nacionais.Por outro, reconhece que está amarrado à gestão financeira da Câmara e sobre a qual é o principal responsável neste mandato.Para o mal e para o bem esse é um fardo que o Partido Socialista carregará até às eleições autárquicas do próximo ano.E nessa altura é o PS no seu todo que estará em julgamento! "

Cito, explicitamente, este excerto, porque não deixa de ser espantosamente revelador. Em primeiro lugar ficamos a saber (?) que a "grave crise económica" que atravessamos nada tem a ver com as questões do "subprime" e com o colapso dos mercados financeiros internacionais, vítimas da especulação desregulada - a "culpa" é toda das "opções" do Governo PS!... Já agora acrescento que é o mesmo Governo PS que também é "culpado" de ter baixado para menos de 3% o tal défice que no tempo de Durão Barroso, Ferreira Leite, Paulo Portas, Bagão Félix e Santana Lopes, entre outros ilustres membros do PSD e do CDS-PP, atingiu os 6,8%, mas isso agora parece ser "coisa sem importância"!...

Em segundo lugar ficamos a saber que, aparentemente, em Sintra não é o Presidente da Câmara o principal responsável (para o bem ou para o mal) das principais orientações e decisões estratégicas do Município, incluindo a gestão financeira. A "culpa" (uma vez mais)... é dos "outros", é do vereador do PS a quem ainda há pouco tempo todos elogiavam o excelente trabalho feito (repito - TODOS), mas que subitamente se tornou em "culpado" porque entregou o pelouro em solidariedade com outro vereador a quem o Sr.Presidente decidiu retirar o pelouro respectivo em sessão pública da CMS!... Coisa de somenos, para quem eventualmente ache que estas coisas da solidariedade entre pares é resquício arqueológico!...

Finalmente ficamos a saber que o PS, em Sintra, tem um "fardo" a carregar até às eleições, por conta de ter aceite o pelouro das Finanças que o Dr.Seara lhe entregou e, dessa forma, ter-se disponibilizado para trabalhar em prol dos habitantes do Concelho.

Perante tudo isto resta-me citar François Rochefoucauld :

"Há falsidades disfarçadas que simulam tão bem a verdade, que seria um erro pensar que nunca seremos enganados por elas ".

domingo, 26 de outubro de 2008

S.Jerónimo e o Papão


O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou na sexta-feira à noite que a crise mundial pode fazer o capitalismo recorrer "à barbárie" e utilizar "a capacidade militar e agressiva para fazer mal à humanidade".

Obviamente que este tipo de afirmações já não espantam vindas de qualquer militante comunista - e, em tempo de crise, há que explorar todas as oportunidades para "passar a mensagem" contra o "capitalismo", esse "horror" que tem produzido Democracias "burguesas" e sempre foi travão ao "êxtase" marxista-leninista, que apenas visava o "bem da humanidade"...

Aquilo que ainda me consegue espantar é que continuem a ser proferidas com esta "candura" por quem defende uma ideologia que, sempre que alcançou o Poder, se concretizou em experiências totalitárias e repressivas, jamais hesitando em recorrer à "capacidade militar" para manter sob a sua "pata" países e povos que se inserissem no seu "mapa estratégico".

Para Jerónimo de Sousa, pelos vistos, a Primavera de Praga nunca existiu, o Muro de Berlim era um parque de diversões para fazer "escalada", os tanques da URSS no Afeganistão transportavam mantimentos para os camponeses afegãos e a Coreia do Norte é um "paraíso" onde as forças militares apenas existem para apagar fogos no Verão...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ainda a Feira das Mercês...


17 de Outubro 2008. Notícias na Comunicação Social: Vereador da CMS, responsável pela Divisão de Licenciamentos, afirma que a decisão de não realizar a Feira das Mercês este ano "foi definitiva e não podem haver mais expectativas”.

18 de Outubro 2008. Notícias na Comunicação Social: o mesmo Vereador assegura que a Feira se realizará de 25 de Outubro a 2 de Novembro, contra todas as indicações anteriores dadas pela CMS. Afinal parece que tudo se "resolveu" com a imposição de condições de segurança "musculadas" no recinto, arredores e Linha de Sintra (será que vão faltar agentes da autoridade para o normal serviço urbano ou, subitamente, "nasceram" mais agentes de um dia para o outro?...) e vai realizar "inspecções individuais aos estabelecimentos durante a feira".

Este ano, pelos vistos, o "Circo" foi a primeira diversão a montar a tenda na Feira das Mercês...

sábado, 18 de outubro de 2008

A Feira das Mercês


A tradicional Feira das Mercês não se realizará este ano. Os motivos indicados pela CMS prendem-se com a falta de condições, quer de segurança, quer de higiene.

Não estão em causa os motivos apresentados, partindo do princípio que são válidos - está em causa que nos 46 anos de idade que tenho sempre vi realizar-se a tradicional Feira das Mercês em Outubro, tão certo como o Outono chegar, com as primeiras chuvas, o primeiro frio...

Quem não soube (ou não quis) criar atempadamente as condições para que esta Feira não chegasse a este "beco sem saída"?... A CMS?... A Junta de Freguesia?... Ambas?...
E assim se vão "destruindo" as nossas memórias, as nossas tradições, as nossas raízes...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Tínhamos...


Tínhamos uma equipa. Tínhamos um treinador que era acima de tudo um excelente gestor de Recursos Humanos. Tínhamos um País a apoiar uma Selecção de futebol, como jamais acontecera antes e, creio, só tornará a acontecer se o tal treinador-líder-gestor regressar algum dia. Tínhamos Fé. Tínhamos Esperança. Tínhamos...

domingo, 12 de outubro de 2008

7 anos


No passado dia 9 de Outubro completaram-se 3 anos sobre a data da eleição do Dr. Fernando Seara para o 2º mandato na CMS. Com os 4 anos anteriores, somam-se 7 anos à frente dos destinos de uma das maiores Câmaras do País.

A este propósito ocorre-me citar o Cardeal Suhard:

"Somos responsáveis por aquilo que fazemos, pelo que não fazemos, e por aquilo que impedimos de fazer".

Sábado à noite


Rio de Mouro. Sábado. Faltam cerca de 15 minutos para a meia noite. Atravesso, a pé, o acesso da estação da CP com alguns familiares, na direcção da Rinchoa. Em plena estação, junto às bilheteiras, um grupo de 10 a 12 indivíduos de côr "entretém-se" a beber garrafas de cerveja e a provocar, de forma sibilina, quem passa. Num pequeno gabinete, de porta semi-cerrada, o segurança (?), um homem de cerca de 50 anos, vai lendo um jornal como se cá fora nada se passasse ou, eventualmente, desejando interiormente que nada se passasse... O ambiente é tenso, sente-se que basta uma pequena palavra para que possa gerar-se uma situação de eventual violência. O grupo, desafiante, comporta-se como "dono" do espaço e as pessoas que vão passando tentam ignorá-lo.

Não há sombra de autoridade a quem se possa recorrer. Não se entende que a PSP (com amplo posto recentemente inaugurado em Rio de Mouro...) não exerça a sua vigilância ou manifeste a sua simples presença, junto desta zona central de transportes e de acessos, pelo menos até à meia-noite, 1 hora da manhã. Há gente que regressa do trabalho e se sente inquieta. Há gente que sai com a família para assistir a um simples espectáculo e se sente "ameaçada" perante este tipo de grupos.

A prevenção é sempre preferível à repressão - mas tem que ser um facto e não uma mera palavra...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Crise ou oportunidade?...


Face à actual crise financeira mundial (que ameaça ser económica e, pior ainda, social) gostava de saber onde se enfiaram agora todos aqueles "especialistas" que sempre defenderam o "Estado mínimo" e a "eficiência" dos mercados. Ou onde estão aquelas "sumidades" que defenderam (ainda recentemente) a privatização da Caixa Geral de Depósitos, por exemplo...

Um capitalismo que "privatiza" sofregamente os lucros e corre para o Estado quando (por incompetência, por ganância, por sordidez) cai na falência, não merece sequer uma Missa de 7º dia.

O Mundo reclama há muito por ideias, por valores, por ética - engana-se quem acha que as "ideologias" morreram, porque elas são, hoje em dia, mais necessárias do que nunca. Sem ideais, sem convicções, sem dedicação ao serviço público, não há verdadeira governação das Nações, mas apenas uma "gestão" em função de interesses e sujeita a todas as flutuações.

Façamos desta crise uma oportunidade - para regular, para regrar, para condicionar quem entende o Mundo como um gigantesco "off-shore". Não é um momento fácil, mas também não é com pessimismo e baixar dos braços que sairemos desta situação - os nossos filhos esperam que saibamos sair vitoriosos desta difícil "batalha".

Taxas...


Com a devida vénia, deixo aqui um interessante comentário retirado do site do meu amigo Adriano Filipe, Presidente da Junta de Freguesia de S.Martinho e relevante militante do PS em Sintra, a propósito de certas taxas que todos nós vamos pagando e tornando a pagar e são como "pragas" que parecem nunca ser extermináveis...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Mudança


O Dr.Seara redistribuiu pelos vereadores da sua maioria, os pelouros que se encontravam em aberto depois da tomada de posição por parte dos vereadores do PS.

Creio que assim a situação se clarifica - a maioria de Direita responsabiliza-se, integralmente, pela sua gestão na CMS, quer nos seus aspectos positivos (poucos), quer nos seus aspectos negativos (muitos).

Se alguém, em algum momento, julgou que podia "meter no bolso" o partido mais votado em Sintra, enganou-se. Se alguém, em algum momento, julgou que deixaria de haver oposição à incompetência, à ausência de obra, ao marasmo, enganou-se.

Porque Sintra tem que mudar - para bem desta terra, das suas gentes, já chega de vazio e "simpatia"!...